Moeda digital torna-se uma nova escolha para os países do terceiro mundo
Para os países desenvolvidos, a moeda digital representa uma grande visão no campo da tecnologia, mas para os países do terceiro mundo, é mais vista como uma ferramenta financeira que preserva valor e é difícil de ser confiscada. Muitos países até esperam que, através da moeda digital, possam eliminar barreiras financeiras e abrir novos caminhos para o desenvolvimento econômico.
A pobreza, a fome e a violência estão frequentemente associadas a países do terceiro mundo, enquanto produtos modernos da rede, como a moeda digital, parecem estar em desacordo com isso. No entanto, a moeda digital hoje oferece novas ideias para resolver as dificuldades financeiras desses países.
Desde junho de 2021, quando El Salvador se tornou o primeiro país a reconhecer o Bitcoin como moeda de curso legal, até Cuba e a República Centro-Africana que seguiram o exemplo, cada vez mais países do terceiro mundo estão começando a explorar o caminho da legalização da moeda digital. Abaixo está uma análise e um resumo da situação de alguns países do terceiro mundo que adotaram a moeda digital como moeda de curso legal.
El Salvador: Pioneiro na legalização do Bitcoin como moeda
El Salvador era conhecido por suas altas taxas de criminalidade e violência de gangues, sendo considerado um dos países mais perigosos do mundo. Antes de 2021, o dólar era a única moeda legal do país. Em 2021, a Assembleia Legislativa de El Salvador aprovou oficialmente a lei do Bitcoin, tornando-se o primeiro país do mundo a tornar o Bitcoin uma moeda legal.
Esta medida radical gerou muitas críticas. Algumas pessoas acreditam que esta abordagem "de cima para baixo" pode beneficiar mais os ricos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) até pediu a El Salvador que revogasse a lei e insinuou que poderia, portanto, recusar fornecer ajuda financeira.
Apesar disso, o PIB de El Salvador cresceu 10,3% no primeiro ano após a adoção do Bitcoin, principalmente devido ao impulso que o Bitcoin deu à recuperação do turismo internacional no país. Além disso, El Salvador também propôs uma série de planos, incluindo a construção de uma praia de Bitcoin, a utilização da energia geotérmica vulcânica para mineração e a emissão de obrigações em Bitcoin.
Em fevereiro deste ano, o FMI reconheceu após uma visita anual a El Salvador que os riscos do bitcoin "ainda não se tornaram realidade em El Salvador", mas alertou o governo para reconsiderar os planos de expandir a exposição ao risco do bitcoin.
Cuba: Novas ferramentas para lidar com sanções
Em junho de 2021, Cuba se tornou o segundo país a tornar o Bitcoin uma moeda de curso legal, logo após El Salvador. Ao contrário de El Salvador, essa medida em Cuba foi principalmente para enfrentar as sanções de remessas internacionais dos Estados Unidos.
Devido ao bloqueio econômico dos Estados Unidos, Cuba precisa encontrar maneiras de contornar o sistema do dólar. Além disso, com a prevalência do burocratismo governamental e a alta inflação econômica, a confiança do povo no governo e na moeda nacional, o peso, continua a diminuir. Nesse contexto, muitos cubanos começaram a usar Bitcoin.
Em setembro de 2021, a lei que reconhece o Bitcoin e outras moedas digitais, publicada pelo Banco Central de Cuba, entrou em vigor, tornando as moedas digitais uma forma legal de pagamento nas transações comerciais em Cuba. Segundo relatos, mais de 100 mil cubanos estão utilizando Bitcoin e outras moedas digitais para lidar com as sanções dos Estados Unidos.
República Centro-Africana: o primeiro país africano a adotar o Bitcoin como moeda legal
Em abril de 2022, a Assembleia Nacional da República Centro-Africana aprovou por unanimidade uma lei que tornou o Bitcoin uma moeda legal, tornando-se o primeiro país africano a tomar tal medida. Em seguida, o país lançou a Sango Coin, tornando-se o primeiro país africano a criar uma moeda digital nacional.
Como um pequeno país com uma população ligeiramente superior a 5 milhões, a República Centro-Africana é considerada um dos países mais pobres do mundo. Devido ao fato de ter sido uma colônia francesa no início, o país tem utilizado o franco centro-africano como moeda legal. No entanto, com a adoção do euro pela França, o valor do franco centro-africano tem continuado a cair, levando o governo a olhar para as moedas digitais.
No entanto, os desafios reais enfrentados pela República Centro-Africana não podem ser ignorados. A taxa de cobertura da internet no país é de apenas 11%, apenas cerca de 14% da população tem acesso à eletricidade, e menos de metade da população possui um telemóvel. Esses fatores representam grandes obstáculos à adoção do bitcoin.
Venezuela: Pioneira da moeda digital emitida pelo Estado
Em fevereiro de 2018, a Venezuela lançou oficialmente a moeda petrolífera (Petro), tornando-se a primeira moeda digital emitida por um estado na história da humanidade. A moeda petrolífera está diretamente vinculada às reservas de petróleo, gás natural, ouro e diamantes do país.
O governo da Venezuela está a promover ativamente a moeda petrolífera, aplicando-a em transações imobiliárias, distribuição de pensões, impostos e em vários outros setores. No contexto da contínua supervisão financeira e sanções petrolíferas dos Estados Unidos sobre a Venezuela, a moeda petrolífera também se tornou uma ferramenta importante para os venezuelanos evitarem as sanções americanas.
O pequeno país do Pacífico, Tonga: potenciais candidatos para a legalização do Bitcoin como moeda
Em janeiro de 2022, o ex-membro do parlamento de Tonga, Lord Fusitu'a, propôs um plano concreto para adotar o Bitcoin como moeda legal. Ele acredita que essa medida poderia permitir que mais de 100.000 tonganeses se juntassem à rede Bitcoin, enquanto a população total de Tonga é de apenas 120.000.
Fusitu'a enfatizou que cerca de 40% da economia nacional de Tonga depende das remessas de cerca de 300.000 trabalhadores imigrantes. A adoção do Bitcoin como moeda legal pode ajudar a reduzir as perdas intermediárias no processo de remessa. Sabe-se que Tonga pode classificar o Bitcoin como moeda legal no segundo trimestre de 2023 e começar a mineração de Bitcoin no terceiro trimestre.
Conclusão
Sob a hegemonia do dólar global, as moedas dos pequenos países muitas vezes se tornam dependentes. Para países que enfrentam crises financeiras ou monetárias, a moeda digital é vista como uma saída. Para as grandes potências, a moeda digital é mais um ativo de investimento, mas para os pobres países do terceiro mundo, é uma moeda que circula efetivamente e uma das poucas opções para se livrar do bloqueio econômico.
No futuro, mais países do terceiro mundo poderão seguir o caminho da moeda digital como moeda fiduciária, como a Argentina, que enfrenta alta inflação, e o Paraguai, o menor país da América Latina. A moeda digital oferece novas ideias e possibilidades para esses países que buscam um sistema financeiro e monetário independente.
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SignatureAnxiety
· 15h atrás
Subestimando o terceiro mundo, não? Morri de rir.
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0xLuckbox
· 08-14 20:26
Boa pessoa, o terceiro mundo comprou na baixa.
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ContractTester
· 08-14 20:19
Desde que haja uma saída para sobreviver, está tudo bem.
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failed_dev_successful_ape
· 08-14 20:16
Já estamos em 2024 e ainda há pessoas que não entendem a verdade do mundo crypto.
Moeda digital capacita o terceiro mundo: El Salvador e outros países exploram novos caminhos financeiros
Moeda digital torna-se uma nova escolha para os países do terceiro mundo
Para os países desenvolvidos, a moeda digital representa uma grande visão no campo da tecnologia, mas para os países do terceiro mundo, é mais vista como uma ferramenta financeira que preserva valor e é difícil de ser confiscada. Muitos países até esperam que, através da moeda digital, possam eliminar barreiras financeiras e abrir novos caminhos para o desenvolvimento econômico.
A pobreza, a fome e a violência estão frequentemente associadas a países do terceiro mundo, enquanto produtos modernos da rede, como a moeda digital, parecem estar em desacordo com isso. No entanto, a moeda digital hoje oferece novas ideias para resolver as dificuldades financeiras desses países.
Desde junho de 2021, quando El Salvador se tornou o primeiro país a reconhecer o Bitcoin como moeda de curso legal, até Cuba e a República Centro-Africana que seguiram o exemplo, cada vez mais países do terceiro mundo estão começando a explorar o caminho da legalização da moeda digital. Abaixo está uma análise e um resumo da situação de alguns países do terceiro mundo que adotaram a moeda digital como moeda de curso legal.
El Salvador: Pioneiro na legalização do Bitcoin como moeda
El Salvador era conhecido por suas altas taxas de criminalidade e violência de gangues, sendo considerado um dos países mais perigosos do mundo. Antes de 2021, o dólar era a única moeda legal do país. Em 2021, a Assembleia Legislativa de El Salvador aprovou oficialmente a lei do Bitcoin, tornando-se o primeiro país do mundo a tornar o Bitcoin uma moeda legal.
Esta medida radical gerou muitas críticas. Algumas pessoas acreditam que esta abordagem "de cima para baixo" pode beneficiar mais os ricos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) até pediu a El Salvador que revogasse a lei e insinuou que poderia, portanto, recusar fornecer ajuda financeira.
Apesar disso, o PIB de El Salvador cresceu 10,3% no primeiro ano após a adoção do Bitcoin, principalmente devido ao impulso que o Bitcoin deu à recuperação do turismo internacional no país. Além disso, El Salvador também propôs uma série de planos, incluindo a construção de uma praia de Bitcoin, a utilização da energia geotérmica vulcânica para mineração e a emissão de obrigações em Bitcoin.
Em fevereiro deste ano, o FMI reconheceu após uma visita anual a El Salvador que os riscos do bitcoin "ainda não se tornaram realidade em El Salvador", mas alertou o governo para reconsiderar os planos de expandir a exposição ao risco do bitcoin.
Cuba: Novas ferramentas para lidar com sanções
Em junho de 2021, Cuba se tornou o segundo país a tornar o Bitcoin uma moeda de curso legal, logo após El Salvador. Ao contrário de El Salvador, essa medida em Cuba foi principalmente para enfrentar as sanções de remessas internacionais dos Estados Unidos.
Devido ao bloqueio econômico dos Estados Unidos, Cuba precisa encontrar maneiras de contornar o sistema do dólar. Além disso, com a prevalência do burocratismo governamental e a alta inflação econômica, a confiança do povo no governo e na moeda nacional, o peso, continua a diminuir. Nesse contexto, muitos cubanos começaram a usar Bitcoin.
Em setembro de 2021, a lei que reconhece o Bitcoin e outras moedas digitais, publicada pelo Banco Central de Cuba, entrou em vigor, tornando as moedas digitais uma forma legal de pagamento nas transações comerciais em Cuba. Segundo relatos, mais de 100 mil cubanos estão utilizando Bitcoin e outras moedas digitais para lidar com as sanções dos Estados Unidos.
República Centro-Africana: o primeiro país africano a adotar o Bitcoin como moeda legal
Em abril de 2022, a Assembleia Nacional da República Centro-Africana aprovou por unanimidade uma lei que tornou o Bitcoin uma moeda legal, tornando-se o primeiro país africano a tomar tal medida. Em seguida, o país lançou a Sango Coin, tornando-se o primeiro país africano a criar uma moeda digital nacional.
Como um pequeno país com uma população ligeiramente superior a 5 milhões, a República Centro-Africana é considerada um dos países mais pobres do mundo. Devido ao fato de ter sido uma colônia francesa no início, o país tem utilizado o franco centro-africano como moeda legal. No entanto, com a adoção do euro pela França, o valor do franco centro-africano tem continuado a cair, levando o governo a olhar para as moedas digitais.
No entanto, os desafios reais enfrentados pela República Centro-Africana não podem ser ignorados. A taxa de cobertura da internet no país é de apenas 11%, apenas cerca de 14% da população tem acesso à eletricidade, e menos de metade da população possui um telemóvel. Esses fatores representam grandes obstáculos à adoção do bitcoin.
Venezuela: Pioneira da moeda digital emitida pelo Estado
Em fevereiro de 2018, a Venezuela lançou oficialmente a moeda petrolífera (Petro), tornando-se a primeira moeda digital emitida por um estado na história da humanidade. A moeda petrolífera está diretamente vinculada às reservas de petróleo, gás natural, ouro e diamantes do país.
O governo da Venezuela está a promover ativamente a moeda petrolífera, aplicando-a em transações imobiliárias, distribuição de pensões, impostos e em vários outros setores. No contexto da contínua supervisão financeira e sanções petrolíferas dos Estados Unidos sobre a Venezuela, a moeda petrolífera também se tornou uma ferramenta importante para os venezuelanos evitarem as sanções americanas.
O pequeno país do Pacífico, Tonga: potenciais candidatos para a legalização do Bitcoin como moeda
Em janeiro de 2022, o ex-membro do parlamento de Tonga, Lord Fusitu'a, propôs um plano concreto para adotar o Bitcoin como moeda legal. Ele acredita que essa medida poderia permitir que mais de 100.000 tonganeses se juntassem à rede Bitcoin, enquanto a população total de Tonga é de apenas 120.000.
Fusitu'a enfatizou que cerca de 40% da economia nacional de Tonga depende das remessas de cerca de 300.000 trabalhadores imigrantes. A adoção do Bitcoin como moeda legal pode ajudar a reduzir as perdas intermediárias no processo de remessa. Sabe-se que Tonga pode classificar o Bitcoin como moeda legal no segundo trimestre de 2023 e começar a mineração de Bitcoin no terceiro trimestre.
Conclusão
Sob a hegemonia do dólar global, as moedas dos pequenos países muitas vezes se tornam dependentes. Para países que enfrentam crises financeiras ou monetárias, a moeda digital é vista como uma saída. Para as grandes potências, a moeda digital é mais um ativo de investimento, mas para os pobres países do terceiro mundo, é uma moeda que circula efetivamente e uma das poucas opções para se livrar do bloqueio econômico.
No futuro, mais países do terceiro mundo poderão seguir o caminho da moeda digital como moeda fiduciária, como a Argentina, que enfrenta alta inflação, e o Paraguai, o menor país da América Latina. A moeda digital oferece novas ideias e possibilidades para esses países que buscam um sistema financeiro e monetário independente.